quinta-feira, 3 de maio de 2012

Santiago Calatrava apresenta mais detalhes do Museu do Amanhã

O arquiteto espanhol Santiago Calatrava divulgou mais informações e fotos internas do projeto do Museu do Amanhã, em construção no Rio de Janeiro. O Museu, que tem curadoria do físico Luiz Alberto Oliveira e previsão de inauguração para 2014, propõe uma via diferente dos museus atuais, que exploram os vestígios do passado e as experiências do presente: a especulação de possibilidades.


Como uma das âncoras do Projeto Porto Maravilha, que pretende revitalizar a zona portuária carioca, o Museu do Amanhã será erguido no Píer Mauá, em meio a uma grande área verde. Serão cerca de 30 mil m² com jardins, espelhos d'água, ciclovia e área de lazer. O prédio terá 15 mil m² e arquitetura sustentável.

Concebido por Calatrava, o projeto arquitetônico prevê a utilização de recursos naturais do local como, por exemplo, a água da Baía de Guanabara, que será utilizada na climatização do interior do Museu e reutilizada no espelho d´água. No telhado da construção, grandes estruturas de aço que se movimentam como asas servirão de base para placas de captação de energia solar. "Um passeio ao redor do Museu será uma lição de sustentabilidade, de botânica, uma aula do que significa energia solar'", explicou Calatrava. "O edifício será como um organismo e vai se relacionar diretamente com a paisagem do entorno".



Por meio de ambientes audiovisuais, instalações interativas e jogos, o público será levado a examinar o passado, manipular as várias tendências da atualidade e imaginar futuros possíveis para os próximos 50 anos. Assim, o Museu conduzirá a uma reflexão sobre os sintomas da nova era geológica do Antropoceno, na qual o homem se tornou uma força capaz de alterar o clima, degradar biomas, interferir em ecossistemas.

A construção do Museu do Amanhã está incluída no conjunto de obras da prefeitura realizadas pelo Consórcio Porto Novo, através da maior Parceria Público-Privada (PPP) do País. Assim como as demais intervenções do Porto Maravilha, o projeto orçado em 215 milhões de reais será custeado pela venda dos Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) - sem recursos do tesouro municipal. O Museu conta ainda com investimento de R$ 65 milhões do Banco Santander, seu patrocinador.




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